Aviões - Hurricane

Um dos caças mais importantes da Segunda Guerra, principalmente na Batalha de Grã-Bretanha, é um derivado do biplano Hawker Fury, e assim baseado nume estrutura entelada, o deixava uma geração atrás do Spitfire (produzido totalmente com monocoque - o revestimento metálico suporta os esforços de torção), mas sob duríssimas condições de operação foi que entre 1939 e 1940 este caça demonstrou seu valor, devido principalmente a sua simplicidade estrutural, lhe permitia suportar sérios danos em batalha e rapidamente ser reparado e voltar ao combate.

Após o piloto toda a estrutura do avião era entelada.
O primeiro Hurricane (K5083) decolou em 6 de novembro de 1935, pilotado por P. W. Bulman. Seu motor de 1.200hp fez com que o avião atingisse uma velocidade de 507km/h a 4.575m usando uma hélice bipá.

Protótipo do Hurricane o K5083, 1937
Em 1937 foram entregues 600 unidades do caça, com oito metralhadoras montadas nas asas. Os primeiros aparelhos entraram em serviço ainda este ano. Logo nos testes iniciais ficou clara a necessidade de aumentar a área da deriva para tornar o avião mais estável. Devido a possibilidade iminente de guerra pouco se fez para melhorar o Hurricane I, visou-se principalmente sua produção para o inicio do conflito. O modelo teve ainda sua hélice alterada para uma tripá metálica e a partir de 1939 passou a ter as asas também fabricadas em metal, que elevou a velocidade do aparelho para 528km/h. Quando estourou a Segunda Guerra Mundial a RAF dispunha de 497 Hurricane I prontos para o combate.

Hurricane MkI, típico da aeronave utilizada Batalha de Grã-Bretanha.
Quatro esquadrilhas foram mandadas para a França, onde enfrentaram difíceis condições de tempo e pouso, onde o Hurricane devido a seu resistente trem de pouso não teve grandes dificuldades em se adaptar, enquanto o Spitfire foi mantido em solo inglês para defender o país.

Hurricane MkI tropicalizado, usados principalmente no Mediterrâneo e Extremo Oriente.
Durante a fase crucial da Batalha da Grã-Bretanha, entre julho e outubro de 1940, os Hurricane I constituíram o principal dos efetivos da RAF. Chegaram a equipar 32 esquadrilhas contra menos de 20 dos Spitfire. Até agosto de 1940 2.300 aviões já haviam sido entregues.
O desempenho dos Hurricanes era muito inferior ao dos seus oponentes, os Me 109E. Assim, sempre que possível os caça era enviado em missões contra bombardeiros, evitando os Me 109. O aparelho era ainda assim popular entre os pilotos por sua excepcional manobrabilidade nos combates a curta distância e ótima estabilidade para pontaria. Seu reduzido raio de curva fez dele uma máquina de extrema eficiência contra o pesado bimotor Me 110.

Haker Hurricane IIB
No auge da batalha, em setembro de 1940, surgiram os Hurricane MkII, com motor mais potente e velocidade máxima de 550km/h. Os Hurricanes IIA carregavam duas bombas de 113kg sob as asas, e desde do inicio de 1941 foram usados em missões ofensivas sobre o continente, devido a queda da França. O modelo IIB embutia doze metralhadoras Browning nas asas e ficou conhecido como "Hurribomber", ainda mantinha os suportes para as bombas. O MkIIC apresentava quatro canhões de 20mm em meados de 1941. Suas subvariantes equiparam 96 esquadrilhas da RAF e destacaram-se principalmente em missões de ataque ao solo, foram usados no norte da Europa, África e Extremo Oriente.

Sea Hurricane IIB "Hurribomber"

Formação de Hurricane IIC no Saara.
Em 1942 a versão MkIID carregava sob cada asa um canhão antitanque de 40mm (foram utilizados principalmente no Saara ocidental - participação importante na batalha de Bir Hakein. Após problemas com areia no motor do avião, todas as aeronaves receberam filtros na entrada de ar dos carburadores, o que reduziu seu desempenho em cerca de 8%.

A Versão IID antitanque teve grande importância na Batalha de Sidi Bu Amud.
A queda da França expôs os comboios da Grã-Bretanha ao ataque de bombardeiros de longo alcance, assim adaptou-se o MkI para ser catapultado de navio mercantes, desta versão derivou o Sea Hurricane IA "Hurricat". (após a decolagem o piloto era obrigado a pousar na água e abandonar a aeronave). A versão MkIB foi equipada com ganchos e os navios mercantes com pequenas pistas. A versão final foi o Sea Hurricane IIC, igual ao Hurricane IIC mais dispositivos para catapulta e gancho, e deixou de ser usado em outubro de 1943.

Sea Hurricane IB, possuía gancho para pousos em navios mercantes.
Em meados de 1944 os Hurricanes baseados na Grã-Bretanha passaram a desempenhar apenas missões de treinamento ou de calibração de radares. Mas os aparelhos engajados no Mediterrâneo e do Extremo Oriente permaneceram na linha de frente até 1945.
O último Hurricane fabricado pela RAF chegou a linha de frente em fevereiro de 1944. O total de aparelhos produzidos somou 14.231 unidades (incluindo os fabricados no Canadá).


Hurricane IID, com canhões de 40mm

Hurricane com a insignia da Luftwaffe, capturado na França.

Hurricane I restaurado após a Guerra.

Hurricane MkIV armado com foguetes.
Vista Lateral Vista Frontal Vista Superior
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Atualizado em 26/12/2000